O Mito surgiu na cultura
ocidental como a primeira forma de explicar a realidade natural ou social.
Na Grécia antiga cultivava-se
a tradição oral e o mito nasce dessa oralidade da cultura popular, esse
discurso era destinado a um público ouvinte, que o tratava como verdade
absoluta por acreditar de forma radical em quem estava narrando.
O mito além de
procurar uma explicação para a realidade , tinha como objetivo amenizar os
temores do homem frente o mundo em que vivia. Ele descreve a relação do homem
com os deuses de forma poética e metafórica. Expressando por meio de seu poder
crativo como as coisas passaram a existir e teve como finalidade representar ,
por meio de uma linguagem simbólica, a realidade do mundo humano. Diferente da Filosofia que se baseia em sistemas e conceitos, o mito é
marcado por um forte simbolismo, por uma forma de expressão até mesmo
literária, sem nenhum caráter lógico e racional. O mito
não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque
esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança
e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A filosofia, ao
contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas
exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a
autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a
mesma em todos os seres humanos.
O mito do Curupira
Conta-se que era um anão com os pés
virados ao contrário, calcanhar para a frente, dedos para trás. Seu rastro
engana os caçadores inescrupulosos, fazendo com que eles se percam na floresta.
Protetor das árvores e dos animais. Mito conhecido de vários índios
sul-americanos, tem diversas denominações. Na Venezuela, o chamam de Máguare,
na Colômbia, Selvage, e os incas peruanos o denominam Chudiachaque. Em alguns
lugares, é descrito como sendo careca, e em outros como tendo a cabeleira
vermelha.